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Biocenter realiza palestra interna com o tema: “As mudanças do laboratório exigidas pelo Covid-19”

16 julho 2020

Palavras-chave: biocenter; palestra interna; covid-19; cuidados; prevenção; diagnóstico; coronavirus

Na última quarta-feira (08/7), tivemos em nosso laboratório uma palestra interna que visa ressaltar os cuidados necessários com a Covid-19 e a importância de um diagnóstico preciso.

“Esta ação, que gerou uma boa repercussão, faz parte de um programa de comunicação interna que estamos desenvolvendo para o 2° semestre de 2020, e visa estreitar o relacionamento e comunicação entre os colaborares e gestores e promover qualificação e atualização dos profissionais na área”.

No post de hoje, vamos falar de alguns tópicos abordados durante a palestra. Vamos começar?

Diagnóstico laboratorial da COVID-19 e avaliação da exposição ao SARS-CoV-2

➡️ O que é COVID-19?

A COVID-19 (Coronavirus Disease 2019) é a doença causada pelo novo Coronavírus SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2), um RNA vírus.

➡️ Como a doença é transmitida?

Basicamente de uma pessoa para outra através de:

– Gotículas produzidas nas vias respiratórias de alguém infectado e lançadas no ambiente através da tosse, espirros ou secreções.

– A pessoa se infecta ao inalar ou introduzir na boca, olhos ou mucosa nasal as partículas contaminadas com o vírus.

Qual o período de incubação?

➡️ O período de incubação dura em média 5 a 6 dias, podendo se estender de 1 a 14 dias.

➡️ Pacientes infectados podem transmitir o vírus mesmo no período de incubação, antes do aparecimento dos sintomas, até os estágios finais de evolução da doença.

A figura abaixo apresenta um esquema da estrutura viral e dos principais antígenos utilizados nos imunoensaios para detecção de anticorpos anti SARS-CoV-2:

Principais sintomas – Manifestações clínicas

➡️ Os principais sintomas reportados são: febre, tosse seca e fadiga.

➡️ Outros menos comuns são anorexia, mialgias, dor de garganta, cefaleia, congestão nasal, conjuntivite, erupções cutâneas, diarreia, perda do olfato e paladar.

➡️ A grande maioria dos pacientes são: assintomáticos ou desenvolvem apenas quadros leves que evoluem para melhora clínica em geral dentro de uma semana.

➡️ Alguns pacientes desenvolvem quadros graves com complicações necessitando de internação hospitalar. O agravamento do quadro pode ser súbito e em geral ocorre na segunda semana de evolução da doença.

➡️ Os fatores de risco mais comuns associados com quadros graves são a idade avançada, doenças cardíacas e pulmonares, diabetes, hipertensão arterial e câncer.

Diagnóstico laboratorial específico

Os exames laboratoriais específicos apresentam três tipos principais de aplicações que estão relacionadas ao estágio da infecção em que o paciente se encontra:

Os principais métodos e técnicas disponíveis atualmente para realização dos exames específicos podem ser classificados em dois grupos:

➡️ Diretos: aqueles que fazem a detecção do vírus, como o RT-PCR, o sequenciamento e os testes rápidos imunocromatográficos para detecção de antígeno viral.

➡️ Indiretos: os que detectam a resposta imune ao vírus, como as pesquisas de anticorpos.

 

Como funciona a detecção precoce de novos casos?

A detecção precoce tem como principal objetivo identificar pacientes infectados, antes do aparecimento dos sintomas, permitindo assim instituir isolamento e evitar a transmissão para outras pessoas. Pode ser realizada a partir do segundo dia da exposição, mas a sensibilidade aumenta a partir do terceiro dia.

O exame mais adequado para a detecção da infecção nesse momento é o RT-PCR utilizando amostras de secreção de orofaringe e nasofaringe, colhidas com a introdução de swab nessas vias.

Para os pacientes que apresentam quadro agudo com suspeita de COVID-19, o padrão ouro para confirmação laboratorial indicado nos protocolos oficiais do Ministério da Saúde é o RT-PCR com amostra de swab de oro e nasofaringe, podendo também ser utilizado aspirado de nasofaringe, lavado traqueal, lavado bronco-alveolar e eventualmente escarro.

A coleta de amostra deve ser realizada até o sétimo dia de início dos sintomas mas preferencialmente até o terceiro para evitar a ocorrência de resultado negativo, devido a eliminação precoce do vírus.

Uma alternativa interessante para o diagnóstico do quadro agudo pode ser a utilização dos testes rápidos imunocromatográficos para detecção de antígeno viral

Sempre deve-se levar em consideração a possibilidade de resultados falso negativos em amostras colhidas muito precocemente, colhidas de modo inadequado ou mal preservadas.

Os exames para pesquisa de anticorpos podem ser uma terceira opção, porém apresentam grande limitação logo no início dos sintomas pelo fato da janela imunológica poder persistir até aproximadamente uma semana após o início do quadro clínico, ou eventualmente até períodos bem mais longos.

Por este motivo e também pela possibilidade de resultados falso positivos, devido a reações cruzadas com anticorpos decorrentes de outras patologias, sempre é indicada a realização de confirmação através de RT-PCR.

Os testes para anticorpos totais e para IgA vem demonstrando sensibilidade discretamente superior no diagnóstico do quadro agudo, iniciando positividade em torno do sétimo dia após o início dos sintomas enquanto o IgM pode aparecer no mesmo dia ou geralmente um dia após, e em algumas situações pode nem ser detectado.

O fluxograma abaixo apresenta um roteiro simplificado para a solicitação e interpretação dos resultados destes exames:

Agora, vamos relembrar as medidas de segurança para evitar o contágio?

1 – Não tocar em nada antes da higienização minuciosa das mãos.

2 – Deixar os sapatos em um local separado, para posterior desinfecção.

3 – Tirar a roupa e colocá-la em uma sacola plástica.

4 – Deixar objetos usados externamente em uma caixa, logo na entrada.

5 – Se possível, tomar banho. Caso contrário, lavar bem todas as áreas expostas.

6 – Limpar celular, óculos e embalagens, antes de guardá-los.

 

Mas quais as medidas de prevenção dentro do laboratório?

1 – Não usar adornos.

2 – Remover a barba e manter cabelos protegidos e presos.

3 – Higienizar frequentemente as mãos.

4 – Cuidado com as luvas.

5 -Utilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPIs (máscara, protetor facial, jaleco, traje, calçado fechado, luvas, touca e óculos de proteção).

6 – Traje de proteção corporal: Jalecos abotoados até em cima.

7 – Exigir o uso de máscaras pelos pacientes

8 – Priorizar o atendimento de 2 a 3 pacientes por vez

9 – Recepcionistas também deverão usar máscaras e distribuir álcool em gel aos pacientes

10 – Após o atendimento do paciente, as mãos dos profissionais devem ser higienizadas com álcool gel e eles devem substituir a máscara utilizada.

Cuidando de nós, estamos cuidando de todos!

Na luta pelo fim do coronavírus estamos todos do mesmo lado.

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